terça-feira, 31 de maio de 2011

Qualificação da mão de obra: um problema contínuo


Como sabemos, ou deveríamos saber, uma obra é muito mais do que apenas concreto e tijolo. Muitos produtos e materiais são usados para que todos os processos sejam concluídos de forma eficaz. Nos diversos setores de uma obra, são usadas diversas técnicas e, essas técnicas, necessitam de cuidados especiais. Conforme a obra é "tocada", e essas técnicas são aplicadas, geram-se resíduos que acabam por virar lixo e necessitam de mais cuidado ainda.

Mão de obra qualificada, um fator mais que profissional: um FATO social.

O Brasil é, evidentemente, um país em desenvolvimento. A construção civil tem papel importante nesse processo. Gera empregos, forma a infra-estrutura de um local, contribui para a indústria, e outros fatores.
Gerando empregos, o ramo necessita de um demanda de mão de obra. Atualmente essa demanda é menor do que o necessário, se avaliarmos o fator qualidade. Resultante disso, vemos "profissionais" sem a menor qualificação sendo empregados em obras de construções importantes como edificações e rodovias, por exemplo. Resultado disso: grande produção de resíduos; que acabam virando lixo; e má qualidade da estrutura ao término da obra.Ao qualificar um profissional, você também proporciona a ele uma melhor condição de vida, tendo em vista que sua produtividade profissional aumentará. É comum vermos construções recém terminadas que, apesar de serem de alto padrão, já possuem trincas e rachaduras. Isso é um problema comum, resultado de um mal uso do material utilizado na obra; cálculos equivocados e outros fatores. Aliás, a má qualificação não é de exclusividade dos serviços braçais. A péssima qualidade de ensino de uma universidade pode resultar em um engenheiro civil(ou arquiteto, ou edificador e etc.) mal preparado para o mercado e para as reais necessidades da sociedade. Algumas universidades preocupam-se mais em receber a mensalidade em dia(no caso das particulares) do que em formar bons profissionais.
Isso é mais que um fator profissional, é um fator social, e resulta naquilo em que os empreendedores mais temem: prejuízos econômicos.

Qualificar é, também, economizar. 

Preocupados apenas com fatores como o tempo de entrega da obra, os responsáveis contratam um número exagerado de profissionais com a idéia de que, com um maior efetivo, possam concluir todas as etapas e entregar em um prazo pré-determinado uma obra com uma qualidade ideal. Essa idéia é totalmente equivocada. Pode até ser que, com um efetivo maior, você conclua a obra num tempo determinado, mas a qualidade da estrutura, sem dúvidas, será uma incógnita.
Ao invés de investir em quantidade, as empresas deveriam investir em qualidade. Já diziam nossas mãe e avós: "O que importa é qualidade, e não quantidade". E elas estavam certas!
Se você qualifica uma determinada quantia de profissionais para exercerem com qualidade as funções pré-determinadas à eles o retorno vai ser muito mais significativo e positivo do que contratar "a rodo" para apressar e acelerar o desenvolvimento da obra, que pode não ter um resultado satisfatório.
É inadmissível crer que se negue a investir em um profissional que trabalhará para você e que gerará seus lucros. Qualificar é mais do que preciso, é necessário. 

Profissionais serão preparados para a Copa do Mundo

Além do fato de estar em desenvolvimento, o Brasil receberá também um evento de porte internacional e que demandará uma mão de obra "a mais" para que seja realizada com sucesso.
Para o setor da construção civil, que é o alicerce do preparo para a Copa, algumas cidades estarão preparando e qualificando os profissionais para que seus serviços sejam de qualidade e a estrutura brasileira não fique a desejar.
Por exemplo, vemos Curitiba, capital do Paraná, criar um projeto para qualificar os profissionais que atuarão na construção civil:

Trabalho decente: Qualificação profissional para a Copa do Mundo FIFA 2014
Plano Territorial de Qualificação

Parceria entre consórcio de construção e SENAI/MT preparará profissionais para a cosntrução civil em Cuiabá-MT.

ANEXOS:

imagens de resíduos e desperdícios na construção civil
 Resíduos em uma obra
 Entulhos de uma reforma
Ferros 'mal usados' enferrujados

NOTA:

Não adentramos em técnicas de reaproveitamentos dos resíduos pois concluímos necessitar de um espaço particular para isso. Continue acompanhando o blog e nossas postagens que publicaremos em breve com assuntos relacionas ao reaproveitamento dos resíduos e "lixos" gerados na construção civil.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Cálculo Diferencial e Integral: Realmente importantes?

SIM!




Derivar, Integrar, Calcular Limites, tender ao infinito...


Ao ingressar no curso de Engenharia Civil, imagina-se que logo de cara o seu enfoque será em cálculos de pontes gigantes, em projetar arranha-céus, fazer cálculos e mais cálculos em estruturas variadas.
Para conseguirmos entender essas matérias mais complexas precisamos, no início da graduação, trabalhar mais um pouco nossa base matemática. É comum vermos entre os populares "calouros" as seguintes questões:


- Precisamos mesmo estudar Cálculo Diferencial e Integral?


- Vetores são assim tão importantes?


- Derivar, Integrar, Tender ao infinito, são de real importância para nosso curso?

E para uma resposta geral: Sim. É necessário evoluir nossas técnicas de cálculo.

Ao começar-mos a disciplina de Cálculo Diferencial e Integral criamos outras noções do que é a matemática na Engenharia. Claro que precisamos de uma base matemática um pouco apurada com noções de trigonometria e álgebra simples(matérias vistas normalmente em disciplinas como pré-cálculo).

Nessas disciplinas aprendemos coisas fundamentais como, por exemplo, a Derivada. A derivada consiste em um técnica de cálculo da variação instantânea de uma função. Aplicamos a derivada em matérias como a Física. E, seguindo o dominó, aplicamos a física em "X" matérias durante o curso.

Normalmente a Derivada é apresentada aos discentes já na disciplina de Cálculo I, logo após as noções de Limite. Já com essas técnicas dominadas, vê-se as "diferentes" Integrais. As primeiras integrais, ou integrais primitivas, consistem em nada mais do que "anti-derivar". Daí vem o nome de Anti-derivadas. Posteriormente estudamos integrais definidas, por partes, de área, volume, Teorema Fundamental do Cálculo entre outras peculiaridades.

Dica bibliográfica


É de grande valia alertar que, para podermos tem um resultado melhor em nossos estudos, precisamos recorrer às ferramentas cabíveis para cada dúvida.
Neste caso específico, tive o cuidado de buscar uma referência bibliográfica que talves pudesse ajudar quem está com dúvida nesses aspectos matemáticos.

O livro recomendado é:

Matemática Elementar: Fundamentos da Matemática Elementar - 3ª edição.


Autores: Gelson Iezzi, Carlos Murakami, Nilson José Machado.


Editora: Atual Editora Ltda.


Nota: O livro traz, de forma detalhada e didática, os ensinamentos à cerca de Limites, Derivadas e Integrais. De forma correlacionada. Começa seu conteúdo tratando as funções, que são de suma importância para o entendimento. O livro tem 426 problemas entre exercícios propostos, resolvidos e testes de vestibular.


Boa leitura!

terça-feira, 24 de maio de 2011

As dificuldades de gerir um curso de Engenharia.

Da Seletiva a Didática.

  O mercado de trabalho tem sido generoso com a nossa área. Mas o mesmo desempenho não pode ser repetido por todas as instituições de ensino.  De um modo geral,o numero de universitários no Brasil aumentou nos últimos anos, em 15 anos, triplicou. Esse crescimento também é visto na Engenharia Civil. Mas qual seria a preocupação nossa com esse fator? QUALIDADE.  
  Preocupados em obter lucros com o curso, a maioria das universidades particulares que detêm 70% das matriculas totais de todas as graduações no Brasil, acabam dando um ‘enfoque’ maior na Engenharia Civil, que através de fatores como alta demanda de alunos, mensalidades baixas, gera um desconforto não só do acadêmico, mas até do corpo docente. Hoje, várias universidades no Brasil oferecem um numero grande de vagas, e sabe que as mesmas vão ser preenchidas. Com o BOOM do mercado de trabalho, muitos procuram o curso de engenharia por pura afinidade econômica. O que isso gera? Uma qualidade inferior de alunos. Nós do blog, não estamos sendo infundados, mas sim categóricos ao afirmar que o curso de Engenharia Civil NÃO É  PRA QUALQUER UM. Mensalidades baixas, alto numero de alunos, isso ameaça diretamente a qualidade de ensino. 
  Há muito relatos de professores que acabam desestimulados em aplicar o conteúdo já que uma grande parte dos alunos nos primeiros semestre acaba apresentando pouca desenvoltura. Isso é prejudicial ao restante dos alunos que acompanham com dedicação as aulas. Aí que o quesito seletiva pesa muito. Selecionar alunos não é um ato negligente com o restante, mas sim um quesito institucional, onde prevalece à preocupação com a continuidade do curso, e principalmente, um modo de assegurar que a nota do ENADE possa classificar o curso apto a formar profissionais de qualidade. Pra isso que o exame foi criado, pra assegurar que universidades mantenham um padrão.
  Mesmo com o ENADE, hoje empresas apresentam dificuldades de contratar profissionais de qualidade. Muitas acabam optando por reintegrar engenheiros já aposentados, ou até mesmo trazer de fora do país.  Aí que se confirma um dado que pesa muito. Se precisa de 70 mil novos engenheiros no Brasil todo ano, e só se formam 38 mil. Mesmo com tantos ingressantes, se forma sempre abaixo da meta. Essa é a hora das universidades começarem a pensar na qualidade de ensino. E essa cobrança só pode ser feita por você, aluno. A realidade brasileira não permite formar o mesmo numero de profissionais da área que um pais de primeiro mundo.  Se pegarmos o histórico de investimentos feitos em educação nos últimos anos, vemos que não é por acaso.  E vem desde a base primaria. Assegurar que esses erros  não se perpetuem ao ensino Superior seria o grande desafio. Com isso a base seria boa e a qualidade dos alunos ao chegarem à faculdade seria melhor. Nunca Engenharia Civil foi tão procurada. Cabe as universidades garantir parcialmente que esse momento continue.  A  infra-estrutura depende da engenharia, tal como engenharia depende da infra-estrutura.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Balança mas não cai

Manter uma estrutura estável é o principal objetivo dos Engenheiros e, também, o maior desafio. Quanto mais firme, mais fixo, mais sólido possível, melhor. Imagine agora você, um engenheiro civil construindo um prédio em que o principal desafio não é só deixa-lo "em pé", mas sim prepara-lo para receber a ação de um terremoto. Impossível? Hoje não! Com o avanço da tecnologia, influenciando também na construção civil, o homem pode agora "suportar" algo que antes era difícil de imaginar: as ações temerosas da natureza.

Prédios "inteligentes" são a solução em países reféns das placas tectônicas

Recentemente vimos algo interessante ocorrer: após os terremotos que atingiram o Japão no mês de março de 2011, prédios com novas tecnologias se mantiveram em pé mesmo após os fortes tremores. Essas tecnologias são aplicadas "da cabeça aos pés" do edifício, sendo a base, ou fundação, a parte que mais toma a preocupação dos engenheiros.

Acessórios "anti-terremotos":



- Esquadrias

Os vidros são, sem dúvida, a parte mais sensível da construção. Para evitar que quebrem durante os tremores e virem fragmentos cortantes os vidros não são colocados diretamente nas esquadrias de aço. Entre o vidro das janelas e as esquadrias são colocadas borrachas flexíveis. Essas borrachas fazem com que os vidros se movimentem de maneira mais controlada durante os tremores



- Flexibilidade


Em países em desenvolvimento avançado onde já não há mais local para se construir, uma das soluções é a expansão vertical. Conforme eles vão se expandindo muito verticalmente, o cuidado é proporcionalmente maior. Em estruturas mais altas, a solução encontrada é tornar a edificação mais flexível. Para tal é necessário que se instalem amortecedores nos "esqueletos" dos prédios. Assim, com o tremor incidente na edificação, os amortecedores agem e dissipam o tremor e evitam que a construção balance mais conforme o tremor aumente.
Os amortecedores podem ser mais complexos ou mais simples. Os mais complexos, para edificações mais altas, são eletrônicos e podem ser controlados a distância. Já os mais simples, instalados em prédios comuns, funcionam como suspensões de carros, inibindo o impacto dos tremores.

Imagem: g1.com

- Fundação reforçada

A fundação, por ser a parte do prédio que fica em contato com o solo, é a que mais preocupa os responsáveis. Nas fundações dos prédios projetados para resistir a terremotos são colocados alicerces com suspensão que inibem os tremores. Funcionam como amortecedores e retém o impacto dos tremores. Os mais simples, utilizados em prédios mais comuns, são feitos de borracha, e os mais específicos são eletrônicos e podem ser controlados por uma distância segura.


Ao ser instalados esses alicerces reforçados com amortecedores, é recomendável que partes da edificação como escadas e rampas tenham algumas articulações que as liguem ao chão. Caso isso não seja feito, os impactos dos tremores, mesmo absorvidos, comprometem essas partes da edificação.

- Esquadrias

Os vidros são, sem dúvida, a parte mais sensível da construção. Para evitar que quebrem durante os tremores e virem fragmentos cortantes os vidros não são colocados diretamente nas esquadrias de aço. Entre o vidro das janelas e as esquadrias são colocadas borrachas flexíveis. Essas borrachas fazem com que os vidros se movimentem de maneira mais controlada durante os tremores.

- Pêndulos

Sem dúvida e sem menosprezo as técnicas apresentadas acima, o pêndulo é a parte mais importante no que se trata dessa tecnologia anti-terremoto. É um meio de "compensar" o movimento que a estrutura do prédio faz durante os tremores. Pode ser usado também para neutralizar as oscilações causadas por ventos fortes. Trata-se, basicamente, de um contra-peso, muito pesado, que movimenta-se em sentido contrário ao prédio.


Os Pêndulos são instalados nas partes mais altas dos prédios e atuam em um "contra-peso inercial". Ou seja, conforme o prédio se movimenta, o pêndulo se movimenta também no sentido contrário. O que colabora para que a edificação permaneça em seu devido local. Como nota-se na imagem abaixo:


- Paredes reforçadas


Uma técnica que não é exclusiva para esses casos, mas que é com certeza muito útil. Para prédios muito altos, as paredes recebem um reforço no aço e no concreto, aumentando assim a tração e a compressão da estrutura.
Técnicamente, são chamadas de "Shear Walls".

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Se associadas, essas técnicas permitem que os prédios modernos fiquem preparados para receber uma ação natural tão aguda como os terremotos. Lógico, sem comprometer a estrutura física da construção. Porém, essas técnicas são aplicadas nos prédios para suportar  devidas intensidades de terremotos, e caso algum prédio receba tremores maiores que sua capacidade ele irá, sem dúvidas, ter sua estrutura comprometida. Depende, e muito, da intensidade e da sequência da série de abalos sísmicos. Mas, contudo, constata-se que essa tecnologia é de grande valia para os lugares que, infelizmente, são reféns das movimentações das placas tectônicas. Sejam elas de qual magnitude for.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Saúde pública: a crítica sobre a situação crítica.

Condições de infra-estrutura de saúde da capital mato-grossense atinge ápice negativo

Copa do Mundo, estádios, aeroportos, rodovias e etc. É longa a lista de assuntos que tomam conta das manchetes dos jornais, tele-jornais e web-jornais. Mas em meio a esses fatos avista-se algo que, infelizmente, toma uma proporção capaz de "tirar para escanteio" as notícias que envolvem o futebol e a Copa do Mundo: As condições de saúde pública no Mato Grosso, em especial Cuiabá. Esses fatos se tornaram tão evidentes que foram assuntos de matérias em tele-jornais de renome nacional como Jornal Hoje e Fantástico, ambos transmitidos pela Rede Globo.

Interrogações começam a surgir em meio a crise na saúde

Em virtude dos fatos relativos à saúde pública do município de Cuiabá e do alcance que essas notícias tiveram na imprensa nacional, sendo alvo dos maiores jornais eletrônicos e televisivos, algumas coisas vieram à tona: o que a Engenharia clínica vem a nos dizer sobre isso? Como deve ser a estrutura de um hospital que consiga suprir a população com o básico? O que o governo pode fazer para contribuir nessas situações? Essas são repostas que você eleitor, seja aqui em Cuiabá, seja em outra cidade mato-grossense, seja você brasileiro, só vem procurar saber depois da decepção política que você sofre ao longo do mandato do seu candidato.

Tecnicamente a engenharia hospitalar, assim como todas as engenharias é uma área escassa de profissionais.  É a área responsável por todo aspecto clínico, sendo assim o encarregado por todas as tecnologias de saúde e tudo que se referem a elas,manutenção, atualização, etc. Mas o fato que prejudica a maioria dos grandes hospitais públicos ou privados é a composição de seu corpo de engenheiros. Sempre há um engenheiro civil ou elétrico para as manutenções, mas sempre falta um clínico. Se visa as melhorias estéticas, estruturais , mas e as clinicas? Quem visa o bem estar do paciente essas horas? Isso pode gerar um caos em qualquer centro médico, sendo combustível para a falta de organização.
Talvez seja um dos motivos do ápice de insalubridade e maus cuidados em Cuiabá. A falta de um engenheiro clinico, alguém que tivesse o discernimento de saber a função de um grande hospital: resultados satisfatórios para a população. Que olhasse a questão dos leitos, dos equipamentos, das questões até higiênicas do local, que é uma vergonha até descrever esse assunto em relação ao Pronto Socorro de Cuiabá. Colocar leitos improvisados, colocar pessoas com cirurgias ‘marcadas’ instaladas no chão? Deixar pessoas 5 ou 6 meses a espera de uma resposta? Isso não é humano, caro prefeito. O governo federal, através do ministério da educação, deveria incentivar essa área da Engenharia. Oferecer a qualificação, fazendo com que esses profissionais, dêem suporte aos hospitais do setor público. E principalmente, fiscalizar essa área. Não existe você manter o patrimônio público sem uma fiscalização.

Evidenciando fatos

- Falta de leitos prejudica atendimento:

Médicos, profissionais de auxílio, maquinário de qualidade, sem dúvida esses fatores contribuem para um bom atendimento na saúde pública. Mas, se não mais importante, temos também os leitos. Os leitos são, de modo grosso, o local em que os enfermos se sentem resguardados e com esperança de melhora em sua condição física, se esse for o caso. Porém a realidade em Cuiabá é outra. Diversos pacientes, alguns em estado crítico, são atendidos em leitos improvisados no chão, como na imagem a seguir:

Créditos Sindimed-MT

- Pacientes precisam ser transferidos após inundação do Pronto Socorro

Se já não bastasse ser atendido no chão, os enfermos ainda sofrem com outro mal: inundações provenientes de chuvas na capital. Atendidos em "leitos" improvisados, que nada mais são do que macas no chão, os pacientes tiveram que se acomodar com outro mal, as inundações. Uma imagem vale mais do que mil postagens:


Créditos TV Centro América, filial da Rede Globo.

- Sindicato dos Médicos denuncia falta de condições de trabalho

O Sindimed, Sindicato dos Médicos, denunciou às autoridades responsáveis a falta de condições de trabalho no pronto socorro da capital. As denuncias foram encaminhadas ao Ministério Público que promete tomar as devidas providencias. 

Em foto tirada pelo mesmo Sindimed podemos constatar que as condições de serviço são precárias. 
Créditos Sindimed-MT

Um fato interessante é que nessa foto tirada pelo Sindicato dos Médicos vimos uma pia aonde, pasmém, a água insalubre do esgoto retorna pelo encanamento.

Hospital e Pronto Socorro terão reforma com recursos de R$ 1,5 milhão

Em visita do Governador do Estado, Silval Barbosa, e do Prefeito da Capital, Chico Galindo, autoridades afirmam que o Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá passará por reformar e que os recursos já estão previstos em R$1,5 milhão.

Créditos site 24 horas News.
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Esperamos que para gozar de um bom exemplo da saúde publica do nosso município, que essa situação seja resolvida o mais rápido possível. Como no ditado popular: “ERA PRA ONTEM”. Leitos improvisados, falta de profissionais da área, más condições de acessibilidade, mesmo sabendo que o sistema de saúde pública de Cuiabá não é o mais exemplar, sendo sujeito até a casos de venda de leitos, isso é algo inadmissível, ver uma capital que receberá um evento grande como a Copa do Mundo, não obter as atribuições básicas. E assim que o eleitor de Cuiabá , ou até você caro leitor de outra cidade consegue ver a relação voto/mandato, e de como situações como essa são muitas vezes causadas por a falta de um conhecimento político. E devemos isso a Wilson Santos, Chico Galindo apenas herdou. Através da sensatez do eleitor e das aplicações da Engenharia Clínica, problemas como esse seriam evitados, e a humilhação que muitos enfermos estão sofrendo agora, seria inexistente. Com absoluta certeza, muitos que estão lá, jogados ao chão, estão infelizmente, pagando o preço do próprio voto. 

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Patologias na Construção Civil

Introdução ao assunto:

O termo "patologia" é derivado do grego(pathos - doença, e logia - ciência, estudo) e significa "estudo da doença". Na construção civil pode-se atribuir patologia aos estudos dos danos ocorridos em edificações. Essas patologias podem se manifestar de diversos tipo, tais como: trincas, fissuras, infiltrações e danos por umidade excessiva na estrutura. Por ser encontrada em diversos aspectos, recebe o nome de manifestações patológicas.
É comum ouvirmos dizer que irão tratar uma patologia, porém é errôneo afirmar isso. Pois após sabermos o significado da palavra patologia, é fácil concluir que estudamos e tratamos os defeitos causados por ela e não ela propriamente dita.

PATOLOGIAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL:
1 - Infiltrações e danos por Umidade


Talvez os danos por umidade e infiltrações sejam os mais comuns em edificações nos dias de hoje. A má execução dos projetos, a falta de preparo dos profissionais e o descaso com os fatores naturais são sem dúvidas as principais causas desses problemas. Apesar de serem danos primários, eles podem acarretar em problemas maiores em uma construção. A infiltração, por exemplo, pode resultar em uma corrosão séria da estrutura e do "esqueleto" da edificação.

1.1 INFILTRAÇÕES


 As infiltrações são os danos mais comuns nas construções e podem ser encontradas nas mais variadas edificações. A infiltração é ocasionada na maior parte das vezes pela má instalação hidráulica do local. Se essas instalações não forem bem aplicadas ocorrerão vazamentos e, consequentemente, infiltrações na estrutura do local. Quando uma instalação hidráulica é bem aplica, a vedação correta impede que a água escorra e entre em contato com o concreto. Algumas infiltrações são causados quando uma edificação absorve de modo exorbitante  a umidade do solo, prejudicando os materiais que formam a estrutura.

A infiltração de início pode parecer algo relevante, que não influenciará em nada na edificação, porém o problema é maior e fica ainda mais grave quando não tratado. O problema pode ser diagnosticado no momento de aplicação das instalações, onde se encontra alguma falha na instalação ou então no processo de impermeabilização. Processo esse de suma importância para evitar infiltrações no local. As infiltrações causam danos visíveis a pintura do local, porém o mal maior é o que não podemos ver. Dentro do corpo da obra, as infiltrações danificam a estrutura e podem ocasionar danos ainda maiores, como por exemplo corrosão na estrutura metálica.
Além disso, as infiltrações podem acabar expondo as armaduras de metal, o que ocasiona um dano grandioso a estrutura da obra. Dependendo do grau tendo até que se realizar uma reforma apurada em determinado ponto.

Um fato curioso é que as infiltrações podem ocorrer através de outras patologias também, como as trincas e rachaduras. Mas como isso ocorre? Simples. As águas de chuva com o auxílio do fator gravitacional escorrem pela fachada da edificação e adentram as rachaduras e trincas. E ao entrar nessas trincas e rachaduras as infiltrações podem dobrar o problema. Ou seja, ao detectar uma patologia é necessário que urgentemente seja feito um estudo para assim resolver os defeitos causados.

A seguir imagens que ilustram alguns casos de infiltração:


Figura 1:

A figura 1 ilustra um dos casos mais graves de infiltração, quando a estrutura de metal, mais conhecida como "armadura", é exposta. Ao ser exposta, a armadura pode sofrer danos irreversíveis. Esses danos podem ser causados por efeitos naturais.

Figura 2:



A figura 2 mostra quando as infiltrações atingem as ferragens, que são a base da edificação. Quando isso ocorre a edificação fica condenada por oferecer riscos. A infiltração pode corroer o metal.

Figura 3:

Na figura 3 vimos algumas rachaduras. As rachaduras colaboram para as infiltrações, pois nesses casos com a gravidade as águas que escorrem de chuvas podem entrar e danificas o interior da estrutura.

Figura 4


Na figura 4 vemos dois casos: o 1º é o de infiltração em uma cobertura, proveniente de uma piscina. O local foi mais impermeabilizado e sofreu grandes danos com a infiltração; no 2º caso temos a infiltração em um estado mais avançado, onde a agua encontra-se percolada em um ponto crítico de infiltração.

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Ou seja, de modo mais resumido a infiltração é uma patologia que causa outras patologias. Ela consiste na penetração da água nas estruturas seja por fissura ou pelos poros do material utilizado. As principais estruturas atingidas são as de concreto e alvenarias com deficiência na impermeabilização. Essas infiltrações causam manchas indesejáveis nas paredes, bolhas e danos na pintura, inundações, e danificam a estrutura da edificação.


Como prevenir?


O meio mais coerente é seguir a risca as exigências de construção. Se executado de forma correta, dificilmente uma construção terá danos e problemas. Porém, se esses problemas surgirem, tais como fissuras e rachaduras, devem ser tratados com urgência por profissionais capacitados e por métodos eficientes. Uma patologia requer um estudo apurado para se obter um resultado satisfatório, do contrário uma sucessão de erros acarretará no aumento de problemas.