domingo, 12 de junho de 2011

Construções Sustentáveis.

  Em complemento ao post de sustentabilidade na construção civil (VEJA AQUI), apresentaremos agora algumas construções que se destacam pelo seu papel em relação ao meio ambiente. A tecnologia dos prédios verdes, que são prédios que aproveitam melhor a água e energia, através de materiais ecológicos,  torna-se uma tendência arquitetônica. Esse mercado tem movimentado muito o setor da e você poderá conhecer melhor, através de exemplos, os processos da construção de uma edificação com essa finalidade ecológica. Veja agora algumas construções. Créditos ao site How Stuff Works.

Casa Z6

   A casa Z6 em Santa Mônica, Califórnia, recebeu esse nome devido à filosofia por trás da construção. Especificamente, ele se refere ao objetivo de alcançar níveis zero em seis fatores: desperdício, energia, água, carbono, emissões e ignorância. Essa filosofia fez com que os proprietários e arquitetos usassem todos os métodos de construção de prédios verdes possíveis para construir uma casa sustentável e habitável. Os construtores conseguiram produzir apenas uma fração (um décimo) do resíduo que geralmente é produzido em uma construção residencial. Como eles fizeram isso? Eles construíram partes separadas da casa em uma fábrica e depois juntaram essas partes no local determinado (o que levou apenas 13 horas). Esse método não só é eficiente, como permite que os proprietários desmontem a casa e a levem para um novo local, caso queiram. Além disso, as paredes móveis em todos os quartos permitem que os habitantes adaptem os locais às suas necessidades. 

Casa Z6 em construção.
  Os construtores da Casa Z6 incorporaram um conjunto de painéis solares na tentativa de oferecer de 60 a 70% do consumo de energia da casa. Os proprietários também escolheram aparelhos que consomem menos energia. Usar um aquecedor solar de água, que absorve o calor para aquecer a água, também reduz de maneira significativa o consumo de energia. Esse aquecedor também contribui com o aquecimento da casa porque aciona o sistema de aquecimento por piso radiante. O revestimento especial da casa também permite que o sol do inverno aqueça o local de maneira efetiva. Durante o verão, a ventilação na estrutura permite a entrada de ar para resfriar a casa. Os arquitetos também se certificaram de que as sacadas ofereciam sombras significativas para os dias quentes.
Na tentativa de economizar água, os arquitetos incorporaram vários métodos diferentes de construção de prédios verdes. Por exemplo, um telhado verde com sedum e outras plantas reduz o escoamento. Além desses recursos, torneiras e chuveiros com baixa vazão de água contribuem para reduzir a quantidade de água utilizada. Os proprietários fizeram questão de escolher materiais feitos com produtos recicláveis para itens como azulejos, balcões e até mesmo para a estrutura de aço. Eles também escolheram cortiça para os pisos. Os especialistas em prédios verdes recomendaram cortiça como um material prático e sustentável porque é obtida sem a necessidade de se cortar a árvore em que ela cresce.Assim como na maioria dos prédios sustentáveis, os arquitetos esperam que os recursos para economizar energia permitam uma economia em contas de energia que ao longo tempo compensará o investimento inicial. Nesse caso, esse retorno financeiro deve levar de 8 a 10 anos.

Casa fator 10
Assim como a casa Z6, a casa fator 10 de Chicago recebeu seu nome devido à sua filosofia. Eles afirmam que a estrutura consome um décimo dos recursos ambientais de uma casa comum (em outras palavras, ela minimiza a pegada ecológica por um "fator de 10"). Na tentativa de encontrar métodos acessíveis para a construção de prédios verdes, o Department of Environment and Housing de Chicago (Departamento de Meio Ambiente e Habitação) realizou uma competição para projetistas, e a fator 10 ficou entre as ganhadoras.
A casa Fator 10 incorpora dezenas de técnicas criativas para a construção de prédios verdes, sendo que uma delas é a chaminé solar, que aquece e resfria a casa por meio de ventiladores. Além de recursos para manter a temperatura, a chaminé solar, que utiliza a luz do sol das janelas para o aquecimento, também oferece luz para a casa, reduzindo a dependência em combustíveis fósseis e eletricidade.
Além de aparelhos e utensílios com baixo consumo que reduzem o uso de energia e da água, a casa usa um telhado verde com plantas sedum. Esse telhado reduz de maneira significativa o escoamento de água e produz o resfriamento evaporativo. Os arquitetos também direcionaram a localização das janelas para que poucas delas ficassem em direção ao norte e ao sul, reduzindo a perda de calor durante o inverno.
Talvez um dos aspectos mais interessantes da casa seja a parede feita de garrafa de água.O material não só foi reciclado, mas a parede também serve como um dissipador do calor que absorve durante o dia inteiro, liberando-o pela casa durante a noite fria. O isolamento da casa foi produzido com papel reciclado e o concreto usado para a base inclui cinzas volantes (uma substância produzida durante a queima do carvão). Até mesmo o carpete é feito de materiais recicláveis, mais especificamente, materiais de garrafas recicladas.

Centro Adam Joseph Lewis

   A Universidade de Oberlin gosta de praticar o que prega. Para refletir o que seus alunos aprendem, a administração da universidade focou a construção do prédio de estudos ambientais na redução do impacto ambiental. Localizado em Oberlin, Ohio, o prédio, construído por meio de doações privadas, implementa várias técnicas de construção de prédios verdes para manter a economia de energia e o conforto dessa grande estrutura.
Por exemplo, para minimizar o consumo de água, o Centro Lewis utiliza um sistema de tratamento de água chamado "A Máquina Viva". O sistema recebe a água de esgoto e a máquina trata e purifica a água para que ela possa ser reutilizada nos vasos sanitários.
O sistema fotovoltáico no telhado do prédio também funciona para reduzir o impacto ambiental. Através da luz solar, esse sistema fornece uma quantidade significativa de energia para o prédio, o que diminui o uso das usinas de energia a carvão. Quando esse sistema produz mais energia do que o prédio precisa, a empresa de energia local compra a eletricidade excedente. Sensores que detectam a luz solar e o movimento regulam as luzes, para evitar o desperdício.
Assim como acontece na casa fator 10, janelas posicionadas de maneira apropriada ajudam o prédio a aproveitar bastante a luz do dia. Os poços geotérmicos também ajudam a aquecer e a resfriar o prédio.



- Esses tipos de construções, além de evitar grandes impactos no meio ambiente, surgem como uma nova vertente, mas não como algo momentâneo, e sim como uma opção para que nossas futuras gerações possam usufruir dos bens naturais, cada vez mais degradados.

Um comentário: