terça-feira, 9 de agosto de 2011

Concreto: um material, diversas funções, importância incalculável.

O Concreto é um dos materiais mais importantes na construção civil.

Os romanos foram os primeiros a usar uma versão deste material conhecida por pozzolana. No entanto, o material só veio a ser desenvolvido e pesquisado no século XIX.

É constituído por areia, água, cimento e pedra. Esses materiais são encontrados a preços diversificados, de acordo com a região, mas sempre acessíveis.

O Concreto constitui as estruturas, sendo assim, associado aos "sistemas construtivos".

O concreto é um material com boa resistência à compressão. Resistências de 200Kgf/cm2 (20MPa) a 500Kgf/cm2 (50MPa) são as resistências de obras.
Porém, em um contraste a boa resistência à compressão, o concreto tem uma baixa resistência à tração. Em uma relação das duas, a resistência à tração equivale a aproximadamente 10% a da compressão.

Como um material de propriedades tão diferentes a compressão e a tração, o comportamento do concreto pode ser melhorado aplicando-se a protensão(compressão prévia) nos locais onde as solicitações geram tensões de tração.

Concreto Armado


O Concreto em si, é um material com resistência à compressão. Mas, como já dito, tem uma baixa resistência à tração, e para uma melhora no desempenho, pode-se receber Armaduras Metálicas, virando assim o Concreto Armado.

Para obter um concreto de qualidade, avaliado de acordo com sua finalidade, devem ser efetuadas com precisão as operações básicas de produção do material, que podem influenciar nas propriedades do concreto.

As operações que devem ser seguidas passo-a-passo são as seguintes:

  • Dosagem: Estudo empírico ou não que indica as proporções e quantificações dos materiais componentes da mistura, a fim de obter um concreto com determinadas características previamente estabelecidas.
  • Mistura: Dar homogeneidade ao concreto, isto é, fazer com que ele apresente o mesmo proporcionamento em qualquer ponto de sua massa sem segregação dos constituíntes.
  • Transporte: Levar o concreto do ponto onde foi preparado ao local onde será aplicado, podendo ser dentro da obra ou para ela, quando misturado em usina.
  • Lançamento: Colocação do concreto no local de aplicação, em geral, nas formas. Começa-se após 2 a 4 horas a "pega",(perda do abatimento e consequentemente endurecimento e ganho de resistência), dependendo da quantidade e do tipo de cimento.
  • Adensamento: Espalhamento e conformação do concreto, procurando eliminar o ar aprisionado, além de preencher totalmente as formas - ganho de resistência. Usa-se vibrar o concreto com vibradores mecânicos, devendo-se evitar o excesso ou pouca vibração.
  • Cura: Conjunto de medidas com o objetivo de evitar a perda rápida de água(entenda "Evaporação") pelo concreto nos primeiros dias, água essa necessária para reação de hidratação dos constituíntes da pasta de cimento. Existem diversas formas para cura adequada do concreto, seja ela úmida, a vapor, química ou uso de material impermeabilizante, dificultando a saída de água. A cura inadequada pode ocasionar fissuras de retração plástica consequentemente maior permeabilidade e porosidade, assim menor durabilidade. Normalmente a resistência de projeto é atingida após vinte e oito dias da aplicação.
Estrutura de Concreto Armado

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Copa do Mundo Qatar 2022 : Estádios

          Enquanto o Brasil ainda corre com os preparativos para a Copa de 2014, o Qatar apresenta os projetos dos estádios que sediarão a Copa de 2022, a primeira Copa realizada em um país do Oriente. O Qatar se tornou anfitrião após superar com algumas polêmicas a candidatura de Japão, Coréia do Sul, Austrália e Estados Unidos. A moderna e luxuosa arquitetura do país agora é vista nos projetos dos estádios que poderão receber os jogos do evento oficial da FIFA. Veja a seguir as fotos:

  •Al-Wakrah Stadium

Complexo que cerca projeto do Al-Wakrah Stadium será um dos principais do projeto do
Qatar para receber o Mundial.

•Doha Port Stadium

 Doha Port Stadium tem uma das vistas mais bonitas entre os projetos do país
 e faz referência à sua localização, sendo projeto em forma de um animal marinho

  
Vista Doha Port Stadium que aposta no show de luzes para encatar os visitantes.



 •Umm Slal Stadium

 Umm Slal Stadium leva conceito arquitetônico moderno, inspirado nas belas fortalezas antiga
da região. Do lado de fora, força das luzes também promete ser atração para turistas

•Al-Shamal Stadium

Al-Shamal Stadium será erguido em forma que homenageia os tradicionais "dhow", que
são barco de pesca locais do Golfo Pérsico


•Al Gharafa Stadium
Al Gharafa Stadium terá fachada composta por cores das bandeiras de todos os países participantes
 da Copa de 2022 para simbolizar união entre futebol, amizade, respeito e compreensão


•Al-Khor
Projeto do Al-Khor visto de cima impressiona pelo grandiosidade e ampla área externa de estacionamento

•Qatar University Stadium 

Vista aérea do Qatar University Stadium, projetado próximo a área residencial

•Sports City Stadium
 
Desenvolvido com base na tradicional arquitetura árabe, Sports City Stadium é bem localizado
e quer ser palco de importância no Mundial de 2022

•Arena Al-Rayyan 

Arena Al-Rayyan será projetada para ter uma fachada externa de mídia, que prevê visualizações
 de notícias, anúncios e demais informações sobre esportes em tempo real










 

Créditos: Portal Terra.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Introdução ao estudo de Estruturas

Estudar estruturas é, talvez, o contexto predominante em um curso de engenharia civil. Direta ou indiretamente esses estudos estão presentes em disciplinas cujo o direcionamento é o Cálculo Estrutural, se esse não for tratado como uma disciplina propriamente dita. Em algumas universidades o direcionamento dos conteúdos sobre Estruturas é separado em outras disciplinas, tais como: Isostática, Teoria das Estruturas, Análise Estrutural, Estática das Estruturas e Cálculo Estrutural. Outros aspectos são tratados em outras disciplinas, aspectos esses como os 'comportamentos' dessas estruturas com forças atuantes e deformações, como: Resistências dos Materiais e Mecânica dos Sólidos.
O estudo dessas disciplinas, e consequentemente do conteúdo, deve ser tratado com total atenção e dedicação pois são conteúdos importantes e, em certo ponto, complexos.

CONCEITO DE ESTRUTURA


Segundo a descrição da FEC, Faculdade de Engenharia Civil, da Unicamp, "estrutura é um sistema destinado a proporcionar o equilíbrio de um conjunto de ações, capaz de suportar diversas ações que vierem a solicitá-la durante a sua vida útil sem que essa perca a sua função". Ou seja, uma estrutura deve ser algo projetado para, com o passar do tempo, "aguentar" as forças atuantes em seu corpo sem que essa seja prejudicada e sofra danos que influenciem em  sua integridade.
Em uma abordagem teórica, podemos definir ESTRUTURA como algo que defina um sistema. Seja num contexto filosófico ou científico. No caso da Construção Civil, a estrutura é algo que define um Sistema Construtivo, ou um Sistema Estrutural, e seus fatores preponderantes.

O ESTUDO DAS ESTRUTURAS


Como já dito, o estudo das estruturas em uma universidade se fragmentam em disciplinas normalmente separadas por núcleos. Os pré-requisitos necessários para a compreensão são passados em disciplinas do conteúdo científico dos chamados "ciclo básicos" como Cálculo e Física, essa última abordando conceitos de extrema importância como a Mecânica Clássica. Normalmente, as abordagens em disciplinas como Física, não são inteiramente direcionados a estudos desse gênero, porém dão uma introdução ao assunto e a continuidade depende da dedicação e interesse do aluno e comprometimento da Faculdade.
Os conceitos de estruturas na Engenharia Civil apontam para problemas como ações, solicitações e aspectos de equilíbrio, apresentado às vezes como Equilíbrio Estático. Conceitualmente falando, os termos apresentados podem ser entendidos como:

- Ações: Ação é toda a influência exercida sobre determinado corpo. É capaz de induzir/produzir um estado, modificar esse estado, ou manter o estado. Pode, por exemplo, produzir um estado de tensão. Pode ser o caso de mais de uma ação atuar em um corpo, isso é chamado de Carregamento, e é usado para determinar os esforços solicitantes no sistema estrutural.

- Solicitações: É todo esforço, ou conjunto de esforços, que exerce sobre as estruturas 'graças" às ações. As solicitações provocam dois tipos distintos de tensões nas estruturas: a Tração ou Compressão, chamadas de Tensões Normais, ou a Tensão de Cisalhamento.


- Equilíbrio: Tratado como "equilíbrio estático", pode ser definido como uma relação entre a ação das grandezas internas e externas, usando sempre o valor modular. Nesse contexto, a soma das deformações, ocasionadas pelas ações, gera seu deslocamento ativo e reativo. Para o compreendimento dessa definição, deve-se ter em pleno conhecimento os conceitos de forças e de ações em planos, ocasionalmente coplanares. 


CLASSIFICAÇÕES DAS ESTRUTURAS


As estruturas são classificadas, na engenharia civil, como Isostáticas, Hiperestáticas e Hipostáticas. Temos, por definição, que:


Estruturas Hipostáticas não são estruturas estáveis, não possuindo um equilíbrio estático, ocasionando assim um movimento não restringido, o grau de liberdade.





Não são estáveis pois apresentam reações de apoio inferiores ao número de equações de equilíbrio estático.

Estruturas Isostáticas não têm qualquer movimento, pois os números de reações são necessários para impedi-los. Para impedir esses movimentos, as estruturas isostáticas podem ter reações iguais ao número de equações de equilíbrio estático ou com um número de reações superiores às equações de equilíbrio estático(nesse caso necessitando de equações adicionais de equilíbrios, com número igual ao excesso de incógnitas relativamente ao número de equações de equilíbrio).


Estruturas Hiperestáticas essas estruturas tem um número de reações superior necessário para impedir qualquer movimento. Sendo assim, mesmo com a retirada de determinadas reações a estrutura permanece estável. O grau de hiperestaticidade é igual ao número de ligações que podem ser suprimidas de forma que a estrutura se torne isostática. Ou seja, uma estrutura isostática tem, à partir dessa relação, um grau de hiperestaticidade igual a zero. As estruturas Hiperestáticas não são calculadas somente com as equações de equilíbrio da Estática.



O estudo e compreensão das estruturas é de suma importância para o desenvolvimento acadêmico do aluno, sempre partindo do princípio científico lógico abordado em disciplinas que envolvem os fenômenos e ações, métodos de cálculo e raciocínios complexos. Por ser uma tema muito abrangente, na maioria dos casos, as universidades separam o estudo e apresentação dos conceitas da estrutura em determinadas disciplinas, tais quais foram apresentadas neste post. A fragmentação desse conteúdo é contextualizada nas diversas representações da matéria. Deve-se notar a co-relação entre elas e a dependência que uma apresenta com a outra, concluindo assim que o esforço e a determinação do aluno, para com a compreensão do estudo, deve ser radical e direcionada.

Para melhor entendimento dos acadêmicos indicamos, sendo clichê ou não, os livros dos populares Soriano e Sussekind que abordam os temas relacionados às estruturas. Esses conteúdos podem ser encontrados em livros como "Estática das Estruturas", do Humberto Lima Soriano, e "Um curso de Análise Estrutural", do José Carlos Sussekind, dentre outras bibliografias. A escolha do material de apoio deve ser de acordo com a sua necessidade e seu grau de 'interação' com o livro.

Para exercitar seu conhecimento sobre o assunto recomendamos o seguinte link: 

http://civil.fe.up.pt/pub/apoio/ano1/mec1/aulas_praticas/elementos_apoio/Estruturas_Hipo_Iso_Hiper.pdf
_

NOTA: Não despreza os conteúdos científicos básicos apresentados nos primeiros períodos do curso, pois eles serão de extrema importância para a compreensão do tema, desde aplicação até teoria. Disciplinas como Cálculo, Física, Geometria Analítica e Álgebra Linear servem como base para conteúdos mais complexos e de entendimento mais difícil. 



domingo, 12 de junho de 2011

Construções Sustentáveis.

  Em complemento ao post de sustentabilidade na construção civil (VEJA AQUI), apresentaremos agora algumas construções que se destacam pelo seu papel em relação ao meio ambiente. A tecnologia dos prédios verdes, que são prédios que aproveitam melhor a água e energia, através de materiais ecológicos,  torna-se uma tendência arquitetônica. Esse mercado tem movimentado muito o setor da e você poderá conhecer melhor, através de exemplos, os processos da construção de uma edificação com essa finalidade ecológica. Veja agora algumas construções. Créditos ao site How Stuff Works.

Casa Z6

   A casa Z6 em Santa Mônica, Califórnia, recebeu esse nome devido à filosofia por trás da construção. Especificamente, ele se refere ao objetivo de alcançar níveis zero em seis fatores: desperdício, energia, água, carbono, emissões e ignorância. Essa filosofia fez com que os proprietários e arquitetos usassem todos os métodos de construção de prédios verdes possíveis para construir uma casa sustentável e habitável. Os construtores conseguiram produzir apenas uma fração (um décimo) do resíduo que geralmente é produzido em uma construção residencial. Como eles fizeram isso? Eles construíram partes separadas da casa em uma fábrica e depois juntaram essas partes no local determinado (o que levou apenas 13 horas). Esse método não só é eficiente, como permite que os proprietários desmontem a casa e a levem para um novo local, caso queiram. Além disso, as paredes móveis em todos os quartos permitem que os habitantes adaptem os locais às suas necessidades. 

Casa Z6 em construção.
  Os construtores da Casa Z6 incorporaram um conjunto de painéis solares na tentativa de oferecer de 60 a 70% do consumo de energia da casa. Os proprietários também escolheram aparelhos que consomem menos energia. Usar um aquecedor solar de água, que absorve o calor para aquecer a água, também reduz de maneira significativa o consumo de energia. Esse aquecedor também contribui com o aquecimento da casa porque aciona o sistema de aquecimento por piso radiante. O revestimento especial da casa também permite que o sol do inverno aqueça o local de maneira efetiva. Durante o verão, a ventilação na estrutura permite a entrada de ar para resfriar a casa. Os arquitetos também se certificaram de que as sacadas ofereciam sombras significativas para os dias quentes.
Na tentativa de economizar água, os arquitetos incorporaram vários métodos diferentes de construção de prédios verdes. Por exemplo, um telhado verde com sedum e outras plantas reduz o escoamento. Além desses recursos, torneiras e chuveiros com baixa vazão de água contribuem para reduzir a quantidade de água utilizada. Os proprietários fizeram questão de escolher materiais feitos com produtos recicláveis para itens como azulejos, balcões e até mesmo para a estrutura de aço. Eles também escolheram cortiça para os pisos. Os especialistas em prédios verdes recomendaram cortiça como um material prático e sustentável porque é obtida sem a necessidade de se cortar a árvore em que ela cresce.Assim como na maioria dos prédios sustentáveis, os arquitetos esperam que os recursos para economizar energia permitam uma economia em contas de energia que ao longo tempo compensará o investimento inicial. Nesse caso, esse retorno financeiro deve levar de 8 a 10 anos.

Casa fator 10
Assim como a casa Z6, a casa fator 10 de Chicago recebeu seu nome devido à sua filosofia. Eles afirmam que a estrutura consome um décimo dos recursos ambientais de uma casa comum (em outras palavras, ela minimiza a pegada ecológica por um "fator de 10"). Na tentativa de encontrar métodos acessíveis para a construção de prédios verdes, o Department of Environment and Housing de Chicago (Departamento de Meio Ambiente e Habitação) realizou uma competição para projetistas, e a fator 10 ficou entre as ganhadoras.
A casa Fator 10 incorpora dezenas de técnicas criativas para a construção de prédios verdes, sendo que uma delas é a chaminé solar, que aquece e resfria a casa por meio de ventiladores. Além de recursos para manter a temperatura, a chaminé solar, que utiliza a luz do sol das janelas para o aquecimento, também oferece luz para a casa, reduzindo a dependência em combustíveis fósseis e eletricidade.
Além de aparelhos e utensílios com baixo consumo que reduzem o uso de energia e da água, a casa usa um telhado verde com plantas sedum. Esse telhado reduz de maneira significativa o escoamento de água e produz o resfriamento evaporativo. Os arquitetos também direcionaram a localização das janelas para que poucas delas ficassem em direção ao norte e ao sul, reduzindo a perda de calor durante o inverno.
Talvez um dos aspectos mais interessantes da casa seja a parede feita de garrafa de água.O material não só foi reciclado, mas a parede também serve como um dissipador do calor que absorve durante o dia inteiro, liberando-o pela casa durante a noite fria. O isolamento da casa foi produzido com papel reciclado e o concreto usado para a base inclui cinzas volantes (uma substância produzida durante a queima do carvão). Até mesmo o carpete é feito de materiais recicláveis, mais especificamente, materiais de garrafas recicladas.

Centro Adam Joseph Lewis

   A Universidade de Oberlin gosta de praticar o que prega. Para refletir o que seus alunos aprendem, a administração da universidade focou a construção do prédio de estudos ambientais na redução do impacto ambiental. Localizado em Oberlin, Ohio, o prédio, construído por meio de doações privadas, implementa várias técnicas de construção de prédios verdes para manter a economia de energia e o conforto dessa grande estrutura.
Por exemplo, para minimizar o consumo de água, o Centro Lewis utiliza um sistema de tratamento de água chamado "A Máquina Viva". O sistema recebe a água de esgoto e a máquina trata e purifica a água para que ela possa ser reutilizada nos vasos sanitários.
O sistema fotovoltáico no telhado do prédio também funciona para reduzir o impacto ambiental. Através da luz solar, esse sistema fornece uma quantidade significativa de energia para o prédio, o que diminui o uso das usinas de energia a carvão. Quando esse sistema produz mais energia do que o prédio precisa, a empresa de energia local compra a eletricidade excedente. Sensores que detectam a luz solar e o movimento regulam as luzes, para evitar o desperdício.
Assim como acontece na casa fator 10, janelas posicionadas de maneira apropriada ajudam o prédio a aproveitar bastante a luz do dia. Os poços geotérmicos também ajudam a aquecer e a resfriar o prédio.



- Esses tipos de construções, além de evitar grandes impactos no meio ambiente, surgem como uma nova vertente, mas não como algo momentâneo, e sim como uma opção para que nossas futuras gerações possam usufruir dos bens naturais, cada vez mais degradados.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

WinPLOT: Auxilio matemático digital.

Ao ingressarmos no curso superior vimos que para aprender nós temos mais artifícios do que imaginamos no ensino médio. No ramo da construção civil temos o famoso AutoCAD, o software da AutoDesk para desenho auxiliado por computador, mas temos muitos outros que podem nos auxiliar ainda na fase acadêmica. Um deles é o WinPLOT, software matemático que auxilia em disciplinas como geometria analítica e cálculo. Isso sem contar as demais disciplinas que usam essas como base.

Sobre o WinPLOT

O WinPLOT é um aplicativo simples, didático, intuitivo e gratuito que auxilia em diversos cálculos matemáticos. Nos primórdios se chamava somente PLOT, era escrito em C(linguagem de programação) e rodava no DOS. Passou a se chamar WinPLOT após o lançamento do Windows 3.1. Em uma nova versão, também para windows, o programa passou a ser escrito em C++. O WinPLOT foi desenvolvido pelo professor Richard Parris, da Philips Exeter Academy. Alguns fatores que evidenciam que o winplot é um aplicativo bastante interessante é que ele pode ser manuseado por qualquer um, independente do conhecimento de informática da pessoa, pois possui menus bem didáticos e aceita funções matemáticas de modo simples e natural. Um fato muito importante é que, apesar de a interface do programa estar em português, as notações matemáticas devem seguir as normas e padrões do inglês para escrever uma função. Por exemplo: para escrever uma função com raíz quadrada é necessário escrever ''sqrt(x)''. E para uma função de SENO deve-se escrever "sin(x)", tal como aparece em algumas calculadores científicas, à exemplo as da marca Hp.

Utilidade WinPLOT

O aplicativo trata de maneira simples as mais diversas funções e equações matemáticas. Como já dito anteriormente, ele é um software didático e em seu menu de escolha as opções são bem claras. Ao abrir o menu você tem a escolha de trabalhar em 2 ou 3 dimensões, e assim escolher qual o tipo da equação: implícitas, explícitas, paramétricas, diferenciais e etc. O aplicativo gera instantâneamente os gráficos e evidência as funções que estão sendo usadas. Pode-se usar mais de uma função, tal como f(x), g(x), h(x) e etc. Ao darmos os valores e as equações, o winplot gera automaticamente os gráficos e as representações, tal como parábolas, hipérboles, retas e etc.

Uma parábola sendo "cortada" por uma reta. Imagem muito comum em disciplinas como Cálculo

 O winplot também desenvolve plano, para tal ele necessita dos valores de u(x,u) e v(x,y). Os planos são muito utlizados em disciplinas como Geometria Analítica, e para tal é necessário trabalhar com 3 dimensões.
Seguindo nesse caminho da Geomatria Analítica, o winPLOT oferece também ao usuário as ferramentas para se resolverem sistemas e problemas lineares, editando as matrizes.

Interação com o usuário

Além de fornecer as ferramentas já ditas o aplicativo ainda proporciona uma divertimento didático. Trata-se de adivinhar as funções das representações já dadas pelo aplicativo em um determinado gráfico. Para isso basta clicar em "adivinhar" que se encontra no atalho "Janela" do aplicativo.
Como mostra a imagem, o menu é bem simples.

Para trabalhar determinadas ferramentas com planos, basta clicar em "mapeador". Outro atalho ainda determina se você usará 2 ou 3 dimensões. Para abrir algo que você tenha utilizado em outro acesso ao aplicativo, basta clicar em "Abrir última". E, sem alterar as configurações iniciais do aplicativo você utilizará as já instruídas, assim clicando em "Usar padrão".
Pode-se trabalhar também com Vetores, tratados no programa como Segmentos. Além disso pode-se utilizar também tanto coordenadas cartesianas como polares.
_

Para saber mais sobre o WinPLOT, acesse os seguintes links:

Passo-a-passo explicativo e detalhado das funcionalidades do WinPLOT:

Tutorial para manuseamento do aplicativo:

Para download, Clique aqui.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Sustentabilidade na construção civil

  Compreendemos que ser sustentável é estar inserido em um meio, utilizando recursos naturais e mesmo assim, não causando grandes impactos, e de certa forma, ‘‘devolver’’ esses recursos ao planeta. Isso então pode ser direcionado não só a uma pessoa, mas também a uma empresa. Aí que chega o que queremos evidenciar.  Empreendimentos sustentáveis. Onde eles entram na construção?Quais os seus favorecimentos?
   Com o tema Meio Ambiente, cada vez mais evidente nos noticiários, nos diálogos diplomáticos e inseridos até no próprio cotidiano familiar, compreendemos que construir, está ganhando um significado mais ecológico, e isso pode se tornar um diferencial de uma grande empresa. “Para ser sustentável, portanto, qualquer empreendimento humano deve ser ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito”. Nas palavras do jornalista Jô Santucci, se retira a essência do empreendimento sustentável, em toda sua totalidade. O setor da construção civil, responsável por  grande impacto ambiental, vem cheio de alternativas para minimizar esse quadro. Uma edificação sustentável que de certa forma utiliza reaproveitamento de água, ou  algum método que proporcione conforto térmico, já é um avanço significativo. Mesmo que essas medidas sejam na maioria das vezes de custo elevado, o propósito sustentável estaria sendo conseguido. Investimentos como telhado verde teriam um retorno em longo prazo, mas estar habitando uma construção com essas características, é um diferencial.
  Também percebemos o sistema sustentável na geração de energias limpas. Aproveitar os recursos naturais oferecidos, afim de não agredir o meio ambiente é uma alternativa para o abastecimento parcial de qualquer país. O Brasil por exemplo possui lugares com um bom fluxo de vento e uma forte incidência solar, respectivamente usados na energia eólica e solar. São investimentos caros e em poucos lugares no são visíveis. Mas a contribuição social e a preservação dos recursos naturais é o importante.
  Tecnologicamente falando, as empresas vem buscando cada vez mais as tecnologias que garantam o conforto térmico.  E é um mercado que ao contrario das energias limpas, apresentam um retorno mais rápido. Se gasta mais na obra, mas o custo com manutenção diminui significadamente em grande parte dos serviços.



Sustentabilidade em Cuiabá é possível?
  Algo pequeno pode até ser, e pouco perceptível. Mas um projeto que atinja a população cuiabana qualitativamente e quantitativamente, não.  O estado do Mato Grosso não favorece ao histórico também. Sempre se ouve de madeira sem documentação, desmatamento, e na maioria das vezes, quem  utiliza as variedades de solo aqui, seja para a extração de madeira ou na própria atividade agrícola, nem faz o reflorestamento ou a manutenção.  Em Cuiabá seria um grande desafio, não só pela desorganização considerável da administração atual, mas também pelas questões de infra-estrutura básica que muitos bairros de Cuiabá não tem. Seria um pouco insensato investir em meios sustentáveis aqui onde em muitos bairros não há asfalto, onde não há um sistema de escoamento de água, onde não há uma organização de setor. O bom seria investir em bairros sustentáveis, mas pra quem não possui o trivial é bom parar de utopia.
Sustentabilidade, um dos assuntos mais tratados politicamente hoje, invade cada vez mais os setores industriais até chegar à nossa área. Mas o grande problema não é a construção civil, é a educação de cada um. Não será possível implantar esse sistema na sociedade sem que ela esteja preparada para segui-lo. E isso desde pequeno, ensinar o cidadão a reciclar, economizar energia, água e de como as suas ações afetam diretamente os recursos finitos que o meio ambiente dispõe. Não é só desenvolvendo a tecnologia ou mudando a legislação ambiental que se obterá mudanças, isso deve partir individualmente para que assim a construção sustentável apresente resultados consideráveis. Reeducar para preservar.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Qualificação da mão de obra: um problema contínuo


Como sabemos, ou deveríamos saber, uma obra é muito mais do que apenas concreto e tijolo. Muitos produtos e materiais são usados para que todos os processos sejam concluídos de forma eficaz. Nos diversos setores de uma obra, são usadas diversas técnicas e, essas técnicas, necessitam de cuidados especiais. Conforme a obra é "tocada", e essas técnicas são aplicadas, geram-se resíduos que acabam por virar lixo e necessitam de mais cuidado ainda.

Mão de obra qualificada, um fator mais que profissional: um FATO social.

O Brasil é, evidentemente, um país em desenvolvimento. A construção civil tem papel importante nesse processo. Gera empregos, forma a infra-estrutura de um local, contribui para a indústria, e outros fatores.
Gerando empregos, o ramo necessita de um demanda de mão de obra. Atualmente essa demanda é menor do que o necessário, se avaliarmos o fator qualidade. Resultante disso, vemos "profissionais" sem a menor qualificação sendo empregados em obras de construções importantes como edificações e rodovias, por exemplo. Resultado disso: grande produção de resíduos; que acabam virando lixo; e má qualidade da estrutura ao término da obra.Ao qualificar um profissional, você também proporciona a ele uma melhor condição de vida, tendo em vista que sua produtividade profissional aumentará. É comum vermos construções recém terminadas que, apesar de serem de alto padrão, já possuem trincas e rachaduras. Isso é um problema comum, resultado de um mal uso do material utilizado na obra; cálculos equivocados e outros fatores. Aliás, a má qualificação não é de exclusividade dos serviços braçais. A péssima qualidade de ensino de uma universidade pode resultar em um engenheiro civil(ou arquiteto, ou edificador e etc.) mal preparado para o mercado e para as reais necessidades da sociedade. Algumas universidades preocupam-se mais em receber a mensalidade em dia(no caso das particulares) do que em formar bons profissionais.
Isso é mais que um fator profissional, é um fator social, e resulta naquilo em que os empreendedores mais temem: prejuízos econômicos.

Qualificar é, também, economizar. 

Preocupados apenas com fatores como o tempo de entrega da obra, os responsáveis contratam um número exagerado de profissionais com a idéia de que, com um maior efetivo, possam concluir todas as etapas e entregar em um prazo pré-determinado uma obra com uma qualidade ideal. Essa idéia é totalmente equivocada. Pode até ser que, com um efetivo maior, você conclua a obra num tempo determinado, mas a qualidade da estrutura, sem dúvidas, será uma incógnita.
Ao invés de investir em quantidade, as empresas deveriam investir em qualidade. Já diziam nossas mãe e avós: "O que importa é qualidade, e não quantidade". E elas estavam certas!
Se você qualifica uma determinada quantia de profissionais para exercerem com qualidade as funções pré-determinadas à eles o retorno vai ser muito mais significativo e positivo do que contratar "a rodo" para apressar e acelerar o desenvolvimento da obra, que pode não ter um resultado satisfatório.
É inadmissível crer que se negue a investir em um profissional que trabalhará para você e que gerará seus lucros. Qualificar é mais do que preciso, é necessário. 

Profissionais serão preparados para a Copa do Mundo

Além do fato de estar em desenvolvimento, o Brasil receberá também um evento de porte internacional e que demandará uma mão de obra "a mais" para que seja realizada com sucesso.
Para o setor da construção civil, que é o alicerce do preparo para a Copa, algumas cidades estarão preparando e qualificando os profissionais para que seus serviços sejam de qualidade e a estrutura brasileira não fique a desejar.
Por exemplo, vemos Curitiba, capital do Paraná, criar um projeto para qualificar os profissionais que atuarão na construção civil:

Trabalho decente: Qualificação profissional para a Copa do Mundo FIFA 2014
Plano Territorial de Qualificação

Parceria entre consórcio de construção e SENAI/MT preparará profissionais para a cosntrução civil em Cuiabá-MT.

ANEXOS:

imagens de resíduos e desperdícios na construção civil
 Resíduos em uma obra
 Entulhos de uma reforma
Ferros 'mal usados' enferrujados

NOTA:

Não adentramos em técnicas de reaproveitamentos dos resíduos pois concluímos necessitar de um espaço particular para isso. Continue acompanhando o blog e nossas postagens que publicaremos em breve com assuntos relacionas ao reaproveitamento dos resíduos e "lixos" gerados na construção civil.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Cálculo Diferencial e Integral: Realmente importantes?

SIM!




Derivar, Integrar, Calcular Limites, tender ao infinito...


Ao ingressar no curso de Engenharia Civil, imagina-se que logo de cara o seu enfoque será em cálculos de pontes gigantes, em projetar arranha-céus, fazer cálculos e mais cálculos em estruturas variadas.
Para conseguirmos entender essas matérias mais complexas precisamos, no início da graduação, trabalhar mais um pouco nossa base matemática. É comum vermos entre os populares "calouros" as seguintes questões:


- Precisamos mesmo estudar Cálculo Diferencial e Integral?


- Vetores são assim tão importantes?


- Derivar, Integrar, Tender ao infinito, são de real importância para nosso curso?

E para uma resposta geral: Sim. É necessário evoluir nossas técnicas de cálculo.

Ao começar-mos a disciplina de Cálculo Diferencial e Integral criamos outras noções do que é a matemática na Engenharia. Claro que precisamos de uma base matemática um pouco apurada com noções de trigonometria e álgebra simples(matérias vistas normalmente em disciplinas como pré-cálculo).

Nessas disciplinas aprendemos coisas fundamentais como, por exemplo, a Derivada. A derivada consiste em um técnica de cálculo da variação instantânea de uma função. Aplicamos a derivada em matérias como a Física. E, seguindo o dominó, aplicamos a física em "X" matérias durante o curso.

Normalmente a Derivada é apresentada aos discentes já na disciplina de Cálculo I, logo após as noções de Limite. Já com essas técnicas dominadas, vê-se as "diferentes" Integrais. As primeiras integrais, ou integrais primitivas, consistem em nada mais do que "anti-derivar". Daí vem o nome de Anti-derivadas. Posteriormente estudamos integrais definidas, por partes, de área, volume, Teorema Fundamental do Cálculo entre outras peculiaridades.

Dica bibliográfica


É de grande valia alertar que, para podermos tem um resultado melhor em nossos estudos, precisamos recorrer às ferramentas cabíveis para cada dúvida.
Neste caso específico, tive o cuidado de buscar uma referência bibliográfica que talves pudesse ajudar quem está com dúvida nesses aspectos matemáticos.

O livro recomendado é:

Matemática Elementar: Fundamentos da Matemática Elementar - 3ª edição.


Autores: Gelson Iezzi, Carlos Murakami, Nilson José Machado.


Editora: Atual Editora Ltda.


Nota: O livro traz, de forma detalhada e didática, os ensinamentos à cerca de Limites, Derivadas e Integrais. De forma correlacionada. Começa seu conteúdo tratando as funções, que são de suma importância para o entendimento. O livro tem 426 problemas entre exercícios propostos, resolvidos e testes de vestibular.


Boa leitura!

terça-feira, 24 de maio de 2011

As dificuldades de gerir um curso de Engenharia.

Da Seletiva a Didática.

  O mercado de trabalho tem sido generoso com a nossa área. Mas o mesmo desempenho não pode ser repetido por todas as instituições de ensino.  De um modo geral,o numero de universitários no Brasil aumentou nos últimos anos, em 15 anos, triplicou. Esse crescimento também é visto na Engenharia Civil. Mas qual seria a preocupação nossa com esse fator? QUALIDADE.  
  Preocupados em obter lucros com o curso, a maioria das universidades particulares que detêm 70% das matriculas totais de todas as graduações no Brasil, acabam dando um ‘enfoque’ maior na Engenharia Civil, que através de fatores como alta demanda de alunos, mensalidades baixas, gera um desconforto não só do acadêmico, mas até do corpo docente. Hoje, várias universidades no Brasil oferecem um numero grande de vagas, e sabe que as mesmas vão ser preenchidas. Com o BOOM do mercado de trabalho, muitos procuram o curso de engenharia por pura afinidade econômica. O que isso gera? Uma qualidade inferior de alunos. Nós do blog, não estamos sendo infundados, mas sim categóricos ao afirmar que o curso de Engenharia Civil NÃO É  PRA QUALQUER UM. Mensalidades baixas, alto numero de alunos, isso ameaça diretamente a qualidade de ensino. 
  Há muito relatos de professores que acabam desestimulados em aplicar o conteúdo já que uma grande parte dos alunos nos primeiros semestre acaba apresentando pouca desenvoltura. Isso é prejudicial ao restante dos alunos que acompanham com dedicação as aulas. Aí que o quesito seletiva pesa muito. Selecionar alunos não é um ato negligente com o restante, mas sim um quesito institucional, onde prevalece à preocupação com a continuidade do curso, e principalmente, um modo de assegurar que a nota do ENADE possa classificar o curso apto a formar profissionais de qualidade. Pra isso que o exame foi criado, pra assegurar que universidades mantenham um padrão.
  Mesmo com o ENADE, hoje empresas apresentam dificuldades de contratar profissionais de qualidade. Muitas acabam optando por reintegrar engenheiros já aposentados, ou até mesmo trazer de fora do país.  Aí que se confirma um dado que pesa muito. Se precisa de 70 mil novos engenheiros no Brasil todo ano, e só se formam 38 mil. Mesmo com tantos ingressantes, se forma sempre abaixo da meta. Essa é a hora das universidades começarem a pensar na qualidade de ensino. E essa cobrança só pode ser feita por você, aluno. A realidade brasileira não permite formar o mesmo numero de profissionais da área que um pais de primeiro mundo.  Se pegarmos o histórico de investimentos feitos em educação nos últimos anos, vemos que não é por acaso.  E vem desde a base primaria. Assegurar que esses erros  não se perpetuem ao ensino Superior seria o grande desafio. Com isso a base seria boa e a qualidade dos alunos ao chegarem à faculdade seria melhor. Nunca Engenharia Civil foi tão procurada. Cabe as universidades garantir parcialmente que esse momento continue.  A  infra-estrutura depende da engenharia, tal como engenharia depende da infra-estrutura.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Balança mas não cai

Manter uma estrutura estável é o principal objetivo dos Engenheiros e, também, o maior desafio. Quanto mais firme, mais fixo, mais sólido possível, melhor. Imagine agora você, um engenheiro civil construindo um prédio em que o principal desafio não é só deixa-lo "em pé", mas sim prepara-lo para receber a ação de um terremoto. Impossível? Hoje não! Com o avanço da tecnologia, influenciando também na construção civil, o homem pode agora "suportar" algo que antes era difícil de imaginar: as ações temerosas da natureza.

Prédios "inteligentes" são a solução em países reféns das placas tectônicas

Recentemente vimos algo interessante ocorrer: após os terremotos que atingiram o Japão no mês de março de 2011, prédios com novas tecnologias se mantiveram em pé mesmo após os fortes tremores. Essas tecnologias são aplicadas "da cabeça aos pés" do edifício, sendo a base, ou fundação, a parte que mais toma a preocupação dos engenheiros.

Acessórios "anti-terremotos":



- Esquadrias

Os vidros são, sem dúvida, a parte mais sensível da construção. Para evitar que quebrem durante os tremores e virem fragmentos cortantes os vidros não são colocados diretamente nas esquadrias de aço. Entre o vidro das janelas e as esquadrias são colocadas borrachas flexíveis. Essas borrachas fazem com que os vidros se movimentem de maneira mais controlada durante os tremores



- Flexibilidade


Em países em desenvolvimento avançado onde já não há mais local para se construir, uma das soluções é a expansão vertical. Conforme eles vão se expandindo muito verticalmente, o cuidado é proporcionalmente maior. Em estruturas mais altas, a solução encontrada é tornar a edificação mais flexível. Para tal é necessário que se instalem amortecedores nos "esqueletos" dos prédios. Assim, com o tremor incidente na edificação, os amortecedores agem e dissipam o tremor e evitam que a construção balance mais conforme o tremor aumente.
Os amortecedores podem ser mais complexos ou mais simples. Os mais complexos, para edificações mais altas, são eletrônicos e podem ser controlados a distância. Já os mais simples, instalados em prédios comuns, funcionam como suspensões de carros, inibindo o impacto dos tremores.

Imagem: g1.com

- Fundação reforçada

A fundação, por ser a parte do prédio que fica em contato com o solo, é a que mais preocupa os responsáveis. Nas fundações dos prédios projetados para resistir a terremotos são colocados alicerces com suspensão que inibem os tremores. Funcionam como amortecedores e retém o impacto dos tremores. Os mais simples, utilizados em prédios mais comuns, são feitos de borracha, e os mais específicos são eletrônicos e podem ser controlados por uma distância segura.


Ao ser instalados esses alicerces reforçados com amortecedores, é recomendável que partes da edificação como escadas e rampas tenham algumas articulações que as liguem ao chão. Caso isso não seja feito, os impactos dos tremores, mesmo absorvidos, comprometem essas partes da edificação.

- Esquadrias

Os vidros são, sem dúvida, a parte mais sensível da construção. Para evitar que quebrem durante os tremores e virem fragmentos cortantes os vidros não são colocados diretamente nas esquadrias de aço. Entre o vidro das janelas e as esquadrias são colocadas borrachas flexíveis. Essas borrachas fazem com que os vidros se movimentem de maneira mais controlada durante os tremores.

- Pêndulos

Sem dúvida e sem menosprezo as técnicas apresentadas acima, o pêndulo é a parte mais importante no que se trata dessa tecnologia anti-terremoto. É um meio de "compensar" o movimento que a estrutura do prédio faz durante os tremores. Pode ser usado também para neutralizar as oscilações causadas por ventos fortes. Trata-se, basicamente, de um contra-peso, muito pesado, que movimenta-se em sentido contrário ao prédio.


Os Pêndulos são instalados nas partes mais altas dos prédios e atuam em um "contra-peso inercial". Ou seja, conforme o prédio se movimenta, o pêndulo se movimenta também no sentido contrário. O que colabora para que a edificação permaneça em seu devido local. Como nota-se na imagem abaixo:


- Paredes reforçadas


Uma técnica que não é exclusiva para esses casos, mas que é com certeza muito útil. Para prédios muito altos, as paredes recebem um reforço no aço e no concreto, aumentando assim a tração e a compressão da estrutura.
Técnicamente, são chamadas de "Shear Walls".

-

Se associadas, essas técnicas permitem que os prédios modernos fiquem preparados para receber uma ação natural tão aguda como os terremotos. Lógico, sem comprometer a estrutura física da construção. Porém, essas técnicas são aplicadas nos prédios para suportar  devidas intensidades de terremotos, e caso algum prédio receba tremores maiores que sua capacidade ele irá, sem dúvidas, ter sua estrutura comprometida. Depende, e muito, da intensidade e da sequência da série de abalos sísmicos. Mas, contudo, constata-se que essa tecnologia é de grande valia para os lugares que, infelizmente, são reféns das movimentações das placas tectônicas. Sejam elas de qual magnitude for.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Saúde pública: a crítica sobre a situação crítica.

Condições de infra-estrutura de saúde da capital mato-grossense atinge ápice negativo

Copa do Mundo, estádios, aeroportos, rodovias e etc. É longa a lista de assuntos que tomam conta das manchetes dos jornais, tele-jornais e web-jornais. Mas em meio a esses fatos avista-se algo que, infelizmente, toma uma proporção capaz de "tirar para escanteio" as notícias que envolvem o futebol e a Copa do Mundo: As condições de saúde pública no Mato Grosso, em especial Cuiabá. Esses fatos se tornaram tão evidentes que foram assuntos de matérias em tele-jornais de renome nacional como Jornal Hoje e Fantástico, ambos transmitidos pela Rede Globo.

Interrogações começam a surgir em meio a crise na saúde

Em virtude dos fatos relativos à saúde pública do município de Cuiabá e do alcance que essas notícias tiveram na imprensa nacional, sendo alvo dos maiores jornais eletrônicos e televisivos, algumas coisas vieram à tona: o que a Engenharia clínica vem a nos dizer sobre isso? Como deve ser a estrutura de um hospital que consiga suprir a população com o básico? O que o governo pode fazer para contribuir nessas situações? Essas são repostas que você eleitor, seja aqui em Cuiabá, seja em outra cidade mato-grossense, seja você brasileiro, só vem procurar saber depois da decepção política que você sofre ao longo do mandato do seu candidato.

Tecnicamente a engenharia hospitalar, assim como todas as engenharias é uma área escassa de profissionais.  É a área responsável por todo aspecto clínico, sendo assim o encarregado por todas as tecnologias de saúde e tudo que se referem a elas,manutenção, atualização, etc. Mas o fato que prejudica a maioria dos grandes hospitais públicos ou privados é a composição de seu corpo de engenheiros. Sempre há um engenheiro civil ou elétrico para as manutenções, mas sempre falta um clínico. Se visa as melhorias estéticas, estruturais , mas e as clinicas? Quem visa o bem estar do paciente essas horas? Isso pode gerar um caos em qualquer centro médico, sendo combustível para a falta de organização.
Talvez seja um dos motivos do ápice de insalubridade e maus cuidados em Cuiabá. A falta de um engenheiro clinico, alguém que tivesse o discernimento de saber a função de um grande hospital: resultados satisfatórios para a população. Que olhasse a questão dos leitos, dos equipamentos, das questões até higiênicas do local, que é uma vergonha até descrever esse assunto em relação ao Pronto Socorro de Cuiabá. Colocar leitos improvisados, colocar pessoas com cirurgias ‘marcadas’ instaladas no chão? Deixar pessoas 5 ou 6 meses a espera de uma resposta? Isso não é humano, caro prefeito. O governo federal, através do ministério da educação, deveria incentivar essa área da Engenharia. Oferecer a qualificação, fazendo com que esses profissionais, dêem suporte aos hospitais do setor público. E principalmente, fiscalizar essa área. Não existe você manter o patrimônio público sem uma fiscalização.

Evidenciando fatos

- Falta de leitos prejudica atendimento:

Médicos, profissionais de auxílio, maquinário de qualidade, sem dúvida esses fatores contribuem para um bom atendimento na saúde pública. Mas, se não mais importante, temos também os leitos. Os leitos são, de modo grosso, o local em que os enfermos se sentem resguardados e com esperança de melhora em sua condição física, se esse for o caso. Porém a realidade em Cuiabá é outra. Diversos pacientes, alguns em estado crítico, são atendidos em leitos improvisados no chão, como na imagem a seguir:

Créditos Sindimed-MT

- Pacientes precisam ser transferidos após inundação do Pronto Socorro

Se já não bastasse ser atendido no chão, os enfermos ainda sofrem com outro mal: inundações provenientes de chuvas na capital. Atendidos em "leitos" improvisados, que nada mais são do que macas no chão, os pacientes tiveram que se acomodar com outro mal, as inundações. Uma imagem vale mais do que mil postagens:


Créditos TV Centro América, filial da Rede Globo.

- Sindicato dos Médicos denuncia falta de condições de trabalho

O Sindimed, Sindicato dos Médicos, denunciou às autoridades responsáveis a falta de condições de trabalho no pronto socorro da capital. As denuncias foram encaminhadas ao Ministério Público que promete tomar as devidas providencias. 

Em foto tirada pelo mesmo Sindimed podemos constatar que as condições de serviço são precárias. 
Créditos Sindimed-MT

Um fato interessante é que nessa foto tirada pelo Sindicato dos Médicos vimos uma pia aonde, pasmém, a água insalubre do esgoto retorna pelo encanamento.

Hospital e Pronto Socorro terão reforma com recursos de R$ 1,5 milhão

Em visita do Governador do Estado, Silval Barbosa, e do Prefeito da Capital, Chico Galindo, autoridades afirmam que o Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá passará por reformar e que os recursos já estão previstos em R$1,5 milhão.

Créditos site 24 horas News.
-

Esperamos que para gozar de um bom exemplo da saúde publica do nosso município, que essa situação seja resolvida o mais rápido possível. Como no ditado popular: “ERA PRA ONTEM”. Leitos improvisados, falta de profissionais da área, más condições de acessibilidade, mesmo sabendo que o sistema de saúde pública de Cuiabá não é o mais exemplar, sendo sujeito até a casos de venda de leitos, isso é algo inadmissível, ver uma capital que receberá um evento grande como a Copa do Mundo, não obter as atribuições básicas. E assim que o eleitor de Cuiabá , ou até você caro leitor de outra cidade consegue ver a relação voto/mandato, e de como situações como essa são muitas vezes causadas por a falta de um conhecimento político. E devemos isso a Wilson Santos, Chico Galindo apenas herdou. Através da sensatez do eleitor e das aplicações da Engenharia Clínica, problemas como esse seriam evitados, e a humilhação que muitos enfermos estão sofrendo agora, seria inexistente. Com absoluta certeza, muitos que estão lá, jogados ao chão, estão infelizmente, pagando o preço do próprio voto.