segunda-feira, 16 de maio de 2011

Saúde pública: a crítica sobre a situação crítica.

Condições de infra-estrutura de saúde da capital mato-grossense atinge ápice negativo

Copa do Mundo, estádios, aeroportos, rodovias e etc. É longa a lista de assuntos que tomam conta das manchetes dos jornais, tele-jornais e web-jornais. Mas em meio a esses fatos avista-se algo que, infelizmente, toma uma proporção capaz de "tirar para escanteio" as notícias que envolvem o futebol e a Copa do Mundo: As condições de saúde pública no Mato Grosso, em especial Cuiabá. Esses fatos se tornaram tão evidentes que foram assuntos de matérias em tele-jornais de renome nacional como Jornal Hoje e Fantástico, ambos transmitidos pela Rede Globo.

Interrogações começam a surgir em meio a crise na saúde

Em virtude dos fatos relativos à saúde pública do município de Cuiabá e do alcance que essas notícias tiveram na imprensa nacional, sendo alvo dos maiores jornais eletrônicos e televisivos, algumas coisas vieram à tona: o que a Engenharia clínica vem a nos dizer sobre isso? Como deve ser a estrutura de um hospital que consiga suprir a população com o básico? O que o governo pode fazer para contribuir nessas situações? Essas são repostas que você eleitor, seja aqui em Cuiabá, seja em outra cidade mato-grossense, seja você brasileiro, só vem procurar saber depois da decepção política que você sofre ao longo do mandato do seu candidato.

Tecnicamente a engenharia hospitalar, assim como todas as engenharias é uma área escassa de profissionais.  É a área responsável por todo aspecto clínico, sendo assim o encarregado por todas as tecnologias de saúde e tudo que se referem a elas,manutenção, atualização, etc. Mas o fato que prejudica a maioria dos grandes hospitais públicos ou privados é a composição de seu corpo de engenheiros. Sempre há um engenheiro civil ou elétrico para as manutenções, mas sempre falta um clínico. Se visa as melhorias estéticas, estruturais , mas e as clinicas? Quem visa o bem estar do paciente essas horas? Isso pode gerar um caos em qualquer centro médico, sendo combustível para a falta de organização.
Talvez seja um dos motivos do ápice de insalubridade e maus cuidados em Cuiabá. A falta de um engenheiro clinico, alguém que tivesse o discernimento de saber a função de um grande hospital: resultados satisfatórios para a população. Que olhasse a questão dos leitos, dos equipamentos, das questões até higiênicas do local, que é uma vergonha até descrever esse assunto em relação ao Pronto Socorro de Cuiabá. Colocar leitos improvisados, colocar pessoas com cirurgias ‘marcadas’ instaladas no chão? Deixar pessoas 5 ou 6 meses a espera de uma resposta? Isso não é humano, caro prefeito. O governo federal, através do ministério da educação, deveria incentivar essa área da Engenharia. Oferecer a qualificação, fazendo com que esses profissionais, dêem suporte aos hospitais do setor público. E principalmente, fiscalizar essa área. Não existe você manter o patrimônio público sem uma fiscalização.

Evidenciando fatos

- Falta de leitos prejudica atendimento:

Médicos, profissionais de auxílio, maquinário de qualidade, sem dúvida esses fatores contribuem para um bom atendimento na saúde pública. Mas, se não mais importante, temos também os leitos. Os leitos são, de modo grosso, o local em que os enfermos se sentem resguardados e com esperança de melhora em sua condição física, se esse for o caso. Porém a realidade em Cuiabá é outra. Diversos pacientes, alguns em estado crítico, são atendidos em leitos improvisados no chão, como na imagem a seguir:

Créditos Sindimed-MT

- Pacientes precisam ser transferidos após inundação do Pronto Socorro

Se já não bastasse ser atendido no chão, os enfermos ainda sofrem com outro mal: inundações provenientes de chuvas na capital. Atendidos em "leitos" improvisados, que nada mais são do que macas no chão, os pacientes tiveram que se acomodar com outro mal, as inundações. Uma imagem vale mais do que mil postagens:


Créditos TV Centro América, filial da Rede Globo.

- Sindicato dos Médicos denuncia falta de condições de trabalho

O Sindimed, Sindicato dos Médicos, denunciou às autoridades responsáveis a falta de condições de trabalho no pronto socorro da capital. As denuncias foram encaminhadas ao Ministério Público que promete tomar as devidas providencias. 

Em foto tirada pelo mesmo Sindimed podemos constatar que as condições de serviço são precárias. 
Créditos Sindimed-MT

Um fato interessante é que nessa foto tirada pelo Sindicato dos Médicos vimos uma pia aonde, pasmém, a água insalubre do esgoto retorna pelo encanamento.

Hospital e Pronto Socorro terão reforma com recursos de R$ 1,5 milhão

Em visita do Governador do Estado, Silval Barbosa, e do Prefeito da Capital, Chico Galindo, autoridades afirmam que o Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá passará por reformar e que os recursos já estão previstos em R$1,5 milhão.

Créditos site 24 horas News.
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Esperamos que para gozar de um bom exemplo da saúde publica do nosso município, que essa situação seja resolvida o mais rápido possível. Como no ditado popular: “ERA PRA ONTEM”. Leitos improvisados, falta de profissionais da área, más condições de acessibilidade, mesmo sabendo que o sistema de saúde pública de Cuiabá não é o mais exemplar, sendo sujeito até a casos de venda de leitos, isso é algo inadmissível, ver uma capital que receberá um evento grande como a Copa do Mundo, não obter as atribuições básicas. E assim que o eleitor de Cuiabá , ou até você caro leitor de outra cidade consegue ver a relação voto/mandato, e de como situações como essa são muitas vezes causadas por a falta de um conhecimento político. E devemos isso a Wilson Santos, Chico Galindo apenas herdou. Através da sensatez do eleitor e das aplicações da Engenharia Clínica, problemas como esse seriam evitados, e a humilhação que muitos enfermos estão sofrendo agora, seria inexistente. Com absoluta certeza, muitos que estão lá, jogados ao chão, estão infelizmente, pagando o preço do próprio voto. 

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