sexta-feira, 20 de maio de 2011

Balança mas não cai

Manter uma estrutura estável é o principal objetivo dos Engenheiros e, também, o maior desafio. Quanto mais firme, mais fixo, mais sólido possível, melhor. Imagine agora você, um engenheiro civil construindo um prédio em que o principal desafio não é só deixa-lo "em pé", mas sim prepara-lo para receber a ação de um terremoto. Impossível? Hoje não! Com o avanço da tecnologia, influenciando também na construção civil, o homem pode agora "suportar" algo que antes era difícil de imaginar: as ações temerosas da natureza.

Prédios "inteligentes" são a solução em países reféns das placas tectônicas

Recentemente vimos algo interessante ocorrer: após os terremotos que atingiram o Japão no mês de março de 2011, prédios com novas tecnologias se mantiveram em pé mesmo após os fortes tremores. Essas tecnologias são aplicadas "da cabeça aos pés" do edifício, sendo a base, ou fundação, a parte que mais toma a preocupação dos engenheiros.

Acessórios "anti-terremotos":



- Esquadrias

Os vidros são, sem dúvida, a parte mais sensível da construção. Para evitar que quebrem durante os tremores e virem fragmentos cortantes os vidros não são colocados diretamente nas esquadrias de aço. Entre o vidro das janelas e as esquadrias são colocadas borrachas flexíveis. Essas borrachas fazem com que os vidros se movimentem de maneira mais controlada durante os tremores



- Flexibilidade


Em países em desenvolvimento avançado onde já não há mais local para se construir, uma das soluções é a expansão vertical. Conforme eles vão se expandindo muito verticalmente, o cuidado é proporcionalmente maior. Em estruturas mais altas, a solução encontrada é tornar a edificação mais flexível. Para tal é necessário que se instalem amortecedores nos "esqueletos" dos prédios. Assim, com o tremor incidente na edificação, os amortecedores agem e dissipam o tremor e evitam que a construção balance mais conforme o tremor aumente.
Os amortecedores podem ser mais complexos ou mais simples. Os mais complexos, para edificações mais altas, são eletrônicos e podem ser controlados a distância. Já os mais simples, instalados em prédios comuns, funcionam como suspensões de carros, inibindo o impacto dos tremores.

Imagem: g1.com

- Fundação reforçada

A fundação, por ser a parte do prédio que fica em contato com o solo, é a que mais preocupa os responsáveis. Nas fundações dos prédios projetados para resistir a terremotos são colocados alicerces com suspensão que inibem os tremores. Funcionam como amortecedores e retém o impacto dos tremores. Os mais simples, utilizados em prédios mais comuns, são feitos de borracha, e os mais específicos são eletrônicos e podem ser controlados por uma distância segura.


Ao ser instalados esses alicerces reforçados com amortecedores, é recomendável que partes da edificação como escadas e rampas tenham algumas articulações que as liguem ao chão. Caso isso não seja feito, os impactos dos tremores, mesmo absorvidos, comprometem essas partes da edificação.

- Esquadrias

Os vidros são, sem dúvida, a parte mais sensível da construção. Para evitar que quebrem durante os tremores e virem fragmentos cortantes os vidros não são colocados diretamente nas esquadrias de aço. Entre o vidro das janelas e as esquadrias são colocadas borrachas flexíveis. Essas borrachas fazem com que os vidros se movimentem de maneira mais controlada durante os tremores.

- Pêndulos

Sem dúvida e sem menosprezo as técnicas apresentadas acima, o pêndulo é a parte mais importante no que se trata dessa tecnologia anti-terremoto. É um meio de "compensar" o movimento que a estrutura do prédio faz durante os tremores. Pode ser usado também para neutralizar as oscilações causadas por ventos fortes. Trata-se, basicamente, de um contra-peso, muito pesado, que movimenta-se em sentido contrário ao prédio.


Os Pêndulos são instalados nas partes mais altas dos prédios e atuam em um "contra-peso inercial". Ou seja, conforme o prédio se movimenta, o pêndulo se movimenta também no sentido contrário. O que colabora para que a edificação permaneça em seu devido local. Como nota-se na imagem abaixo:


- Paredes reforçadas


Uma técnica que não é exclusiva para esses casos, mas que é com certeza muito útil. Para prédios muito altos, as paredes recebem um reforço no aço e no concreto, aumentando assim a tração e a compressão da estrutura.
Técnicamente, são chamadas de "Shear Walls".

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Se associadas, essas técnicas permitem que os prédios modernos fiquem preparados para receber uma ação natural tão aguda como os terremotos. Lógico, sem comprometer a estrutura física da construção. Porém, essas técnicas são aplicadas nos prédios para suportar  devidas intensidades de terremotos, e caso algum prédio receba tremores maiores que sua capacidade ele irá, sem dúvidas, ter sua estrutura comprometida. Depende, e muito, da intensidade e da sequência da série de abalos sísmicos. Mas, contudo, constata-se que essa tecnologia é de grande valia para os lugares que, infelizmente, são reféns das movimentações das placas tectônicas. Sejam elas de qual magnitude for.

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