Nos últimos
anos, a sustentabilidade se inseriu rapidamente na construção civil. Todo
enfoque que a ONU e demais organizações deram sobre o meio ambiente e sua
conservação, se reverteu também na construção, como principal meio de degradação dos recursos naturais. Além disso conferencias e documentos, como a AGENDA
21, ECO-92, debateram soluções e estabeleceram propósitos para a amenizar os
danos da construção civil. Isso fez com que estudos fossem feitos, para
aprimorar, substituir e inovar em questão de materiais, técnicas construtivas,
conforto térmico, economia, ou seja, tudo que diz direito do “ser sustentável”. Assim padrões foram estabelecidos, normas à
cerca disso foram criadas, conselhos criados, e resultaram nos Selos de
sustentabilidade, “selos verdes”, que qualificam uma construção sustentável em diferentes níveis, variando de selo pra selo .
Esse contexto
demorou a se inserir no Brasil, mas nos últimos 5 anos o crescimento é
significativo,a criação de selos brasileiros, a chegada de selos
internacionais, em construções brasileiras e principalmente a criação do CBCS
(Conselho Brasileiro de Construção Sustentável) e a criação da NBR 15.575 (primeira
norma que qualifica o desempenho em relação a qualidade das habitações,
manutenção e durabilidade), mostram a evolução no quadro nacional. Alguns selos
sustentáveis são:
LEED: O LED
(Liderança em energia e design ambiental), selo do Green Building Council (ONG
que visa a pratica da construção sustentável) é o selo que certifica as
edificações que minimizam impactos ambientais durante a sua construção e em
pleno uso. O Uso de materiais renováveis, sistema econômico elétrico e hidráulico,
controle da poluição, como redirecionamento correto dos entulhos, são uma das
suas especificações para ser concedido;
ISO 14001:
Norma internacional que auxilia e gerencia
os aspectos ambientais, produtos e serviços, de uma empresa. Assim ela
qualifica da construtora que fará o prédio, a empresa que funcionará no prédio
entregue. No Brasil é concedida pela ABNT ( Associação Brasileira de Normas
Técnicas);
PROCEL: O PROCEL ( Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), diz respeitos a eficiência energética de um determinado produto, mas possui uma etiqueta criada em 2009, o PROCEL EDIFICA, laçado pela Eletrobras e pelo Inmetro, que qualifica a eficiência energética das edificações;
SELO AQUA: O selo AQUA (Alta Qualidade Ambiental), é o primeiro que qualifica as construções brasileiras, sendo baseado no selo francês HQE. Avalia o desempenho da edificação durante o uso. É certificado pela Fundação Vanzolini, fundação sem fins lucrativos difusora da engenharia de produção, administração industrial e gestão de operações.
SELO
RGMat: Outro selo da Fundação Vanzolini que certifica produtos e materiais sustentáveis, com base
no desempenho e durabilidade;
SELO BREAM: O BRE (BRE Environmental Assment Method), é o método de avaliação ambiental do Building Research Establishment. É a principal e mais utilizada ferramenta no Reino Unido, sendo pioneiro na construção civil de acordo com os propósitos estipulados da Agenda 21. Ele define padrões para as praticas de design sustentável e descreve o desempenho ambiental de um edificio;
SELO SUSTENTAX: Desenvolvido pelo Grupo Sustentax, o selo é responsável para qualificar produtos, materiais, equipamentos e serviços, assim, inserido na construção civil no que diz respeito a materiais de construção, maquinários e construtoras;
CASA AZUL: Selo da Caixa Econômica Federal que classifica os projetos habitacionais em seu nível de sustentabilidade, levando em conta os critérios socioambientais que priorizam a economia de recursos naturais e praticas sociais.
Uma
empresa ou edifício pode ser certificada com esses selos se suas praticas,
sistemas construtivos, materiais, e demais
atividades, se reverterem para os sustentável. No Brasil o numero é mínimo,
cerca de 1% das edificações são sustentáveis, mas a expectativa de crescimento
é grande. Portar um selo sustentável é uma vantagem inegável. Além de um colaborar
com o meio ambiente, manter um padrão de qualidade, seja em relação ao social
ou ao econômico, a empresa ainda pode diminuir sua contribuição de impostos. No
dia 11 desse mês, por exemplo, a prefeitura do Rio de Janeiro lançou a
certificação QUALIVERDE, que tem a finalidade de incentivar empreendimentos imobiliários
que pratiquem ações sustentáveis. Com
essa certificação as construções podem ter até 50% de desconto ou isenção do
IPTU, IPTBI, ISS. Essa medida terá validade após a aprovação na Câmara de
Vereadores. O Brasil caminha ainda lentamente na questão sustentável, mais é
inegável, esse é o caminho que devemos caminhar. E os selos são um mecanismo de
incentivo a um padrão cada vez mais alto de qualidade.
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